quarta-feira, 29 de julho de 2015

Terminal de cruzeiros resgatará cidade histórica da Jamaica


Registra a Wikipedia que Port Royal ou Port Royale como era chamada na época em que a cidade estava em domínio dos espanhóis, era o centro navegação e de comércio na Jamaica até ao sismo de 7 de junho de 1692 ter destruído a cidade quase completamente, fazendo dois terços da cidade afundar no mar caribenho. Desse modo, a cidade ficou a comando de Kingston.

Situada no extremo oeste do banco de areia de Palisadoes, Port Royal ganhou a reputação no século XVII de "cidade mais rica" e "cidade mais pervertida" do mundo. A cidade era notável por sua rica economia e falta de valores morais, além de ser um lugar convencional para os piratas trazerem e gastarem seus tesouros. Após o terremoto de 7 de Junho de 1692, muitos acreditaram que este havia sido um "Ato Divino" pela fama da cidade de pecadora. Durante o século XVII, o Reino Unido ativamente encorajava e até pagava bucaneiros situados em Port Royal para atacar navios franceses e espanhóis. Entre o período de conquista da Jamaica pelo Reino Unido e o terremoto de 1692, Port Royal foi a capital da Jamaica, sucedida por Cidade da Espanha e posteriormente por Kingston.


Em 7 de junho de 1692, um devastador sismo atingiu a cidade deslocando a areia sobre a qual a cidade havia sido construída. Uma tsunami em seguida pôs a cidade definitivamente sob as águas. Mesmo assim, alguns arqueólogos acharam alguns sítios intactos. O terremoto e a tsunami combinados mataram entre 1000 e 3000 pessoas, mais que a metade da população.

Houve tentativas de reconstrução da cidade, começando com o terço da cidade que não havia afundado, mas essas tentativas foram abaladas por diversos desastres. A primeira tentativa de reconstrução da cidade foi um desastre devido a um incêndio em 1704. As tentativas seguintes foram paradas devido a furacões e logo Kingston superou Port Royal em importância.


Um devastador terremoto em 14 de Janeiro de 1907 destruiu quase toda a cidade que fora reconstruída até então. Hoje a área é uma sombra de sua forma original com 2.000 habitantes com importância política e econômica quase nula. O lugar é visitado por turistas mas está atualmente em estado de abandono. O governo jamaicano decidiu recentemente investir na região devido à importância histórica e turística do lugar.

Coube à renomada firma de arquitetura Jerde, sediada em Los Angeles e com escritórios em Seoul, Hong Kong e Shangai elaborar a proposta de revitalização, que inclui um novo terminal de cruzeiros para a Jamaica, recuperação do patrimônio histórico, requalificação da orla como espaço gastronômico e de lazer, entre outros atrativos turísticos. 


Eis a justificativa do projeto;

A encantadora aldeia pesqueira de Port Royal é um dos mais antigos sítios históricos da Jamaica. A vila, que já foi usada por piratas como porto comercial, emergiu como uma das maiores cidades do Caribe. Mas no século XVII, um terremoto devastador afundou quase dois terços da área. Para restaurar o património histórico da cidade e torná-la uma vibrante atração turística internacional servida por terminal de cruzeiros, Jerde criou um masterplan  interpretativo fornecendo infra-estrutura adequada  e experiências estratégicas aos turistas de cruzeiros, destinadas a lhes estimular a exploração de toda a cidade. Desde o momento da chegada, o masterplan apresenta aos turistas o patrimônio histórico e a diversidade cultural e natural de Port Royal ancorado em duas áreas-chave. Old Port Royal, localizada no final do novo terminal de cruzeiros, se propõe a recriar um ethos do século XVII de vibrante e emocionante. O hub será o porto Chocolata Hole reconstruído, com destaque para o Fisher Row, uma aquavia gastronômica com bares temáticos e lojas. The King's Royal Naval Dockyard, concebido como um segundo centro de chegada, oferece uma experiência cultural a partir do British Empire's Admiral, um quartel revitalizado, e do Ship Building Museum, museu naval exibindo ferramentas e equipamentos de navegação. O desenvolvimento também se destina a impulsionar o turismo no Triângulo Histórico da Jamaica, que engloba Port Royal, a vizinha Kingston e Spanish Town.


Logo imaginei um projeto destes em São Francisco do Sul ou Laguna, cidades históricas catarinenses, ou mesmo em distritis históricos da capital, como o Largo da Alfândega, Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa.

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